quarta-feira, maio 11

Quais momentos da minha vida eu devo usar para escrever se não escrevo autobiografias? Há tempos venho tentando criar algo, mas nada sai dos meus dedos. Nem um sopro sequer de vida fictícia. Há uma espécie de bloqueio que surge da falta de tempo sozinha a pensar e refletir comigo mesma sobre o que se passa ao meu redor. Ou será o medo de errar? Um dia publicarei as estórias que nunca ousei em escrever.
Drama por drama, a vida está aí. E o tempo passa e não perdoa. O pior é que sinto sono. Sinto a opressão, sinto um ambiente de clima pesado e minha paz a ser fustigada num dia nublado. Não há silêncio, o que ouço são vozes estridentes. É a vida tentando refutar a morte. É a necessidade de gritar: estou vivo!
Ao passo que existe um vasto mundo a ser percorrido pelo caminho do conhecimento, há fatores que me obrigam a permanecer em movimento migrando de centros em centros, buscando valores materiais para me auto afirmar em sociedade.
Há, de fato, a necessidade de uma decisão imediata pela minha sobrevivência. Me falta algo. Mas o que seria? “Coragem!”, diriam alguns. “Fé”, diriam outros. E eu diria que é a força de vontade que me elevará do chão. Tal motivação me fará pular os obstáculos. A quem espera por mim, nesse momento, só posso pedir paciência.

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