Um dia voaremos

Ao descansar meu corpo sobre a aréia da praia, no final da tarde de hoje, percebi o quanto a natureza me tranquiliza. As ondas do mar turvavam sobre o espelho de aréia que refletia o lilás do céu, outrora azul. Do outro lado, os últimos raios de sol produziam um contraste entre as sombras das árvores e a cor dourada das nuvens. As águas calmas pareciam me chamar e se aproximavam querendo conversar, me passavam uma paz inexplicável. O vento, a soprar meus cabelos, sussurava uma doce melodia e quase me fez voar.
A escuridão do céu desceu para a terra, então a noite chegou. Me senti integrada àquela paisagem e não quis me desprender, continuei a dormir e vivenciar aquele lindo sonho. Até que de repente lembrei que tinha uma vida a cuidar e coisas a fazer. Então voltei a minha rotina, mas não poderia deixar de descrever aquela maravilhosa sensação de descanso que parecia ter sido dádiva dos deuses.
Ah, como eu gostaria de largar tudo e ir morar no mundo, pois ele é lindo e cheio de encanto. Queria mais que tudo, ser um pássaro e observá-lo de cima voando sem parar. Ainda, quem sabe, ser uma estrela e fazer companhia a Lua na sua mórbida solidão. Nós seres humanos fazemos parte desse belo conjunto que forma a Terra, como numa sinfonia harmônica, mas quem sabe dar valor? Quem vai entender o que eu digo? Acordemos de nossa realidade mascarada e passemos a observar o que nos cerca, dali tiraremos as respostas para nossas perguntas e seremos feitos de felicidade. Lembre-se que a magia está em você, só basta olhar para dentro e encontrá-la. Todos nós podemos ser felizes se amarmos o mais simples da vida.