terça-feira, agosto 31

A importância da água

O filósofo Tales considerava a água como sendo a substância fundamental para toda a vida no universo. Para ele a água era responsável pela circulação do mundo, pela sua movimentação. Pode-se tomar essa hipótese para analisar a água como um fator de ligação entre povos, estabelecendo entre eles a comunicação. Era através da água que se realizavam as grandes navegações, verdadeiros intercâmbios da idade média.
Porém, a uns tempos, a ideia da importância da água tornou-se abstrata. Com o avanço das tecnologias e da mídia, acompanhado pelo aumento do consumismo, a água passa a ser um mero detalhe funcional para a maioria das pessoas. A conscientização só veio depois que pesquisadores alertaram a população mundial para a eminência da futura escassez de água potável, caso os hábitos de desperdício continuassem. Foi quando a publicidade veio com o intuito de preservar esse recurso natural limitado. Na primeira imagem é mostrada uma campanha para a conscientização e preservação da água. Nela a figura de uma criança mergulhando tranqüila dá a sensação de paz e segurança transmitida pela água.



Apesar de sua fundamental importância para o ser humano, há meios criados pelo próprio homem onde a presença da água pode parecer obsoleta. O ciberespaço é um ambiente que não precisa da presença do homem para funcionar. Trata-se do meio de comunicação entre as máquinas. Sendo a água uma substância fundamental apenas para organismos vivos, ela não se encaixaria no âmbito das máquinas. Porém, há um detalhe de extrema importância para o funcionamento no ciberespaço. É a energia elétrica que é gerada, em sua grande maioria, pela força da água nas hidrelétricas. Esse passa a ser o ponto mais concreto que liga a água ao ciberespaço. Mas há, ainda, uma analogia que une os conceitos de Tales sobre a movimentação de informações promovida pela água à comunicação via redes entre os computadores. Metaforicamente, a internet cumpre o mesmo papel no ciberespaço que a água cumpria nas antigas navegações, sendo o canal por onde se transmitiam as informações. Na representação do ciberespaço, na segunda imagem, percebe-se a ligação da energia elétrica vinda da força da água servindo como fonte de alimentação para o funcionamento das máquinas que estão interligadas pela rede.



De fato, a água é a substância de maior importância para a vida dos organismos. É notório que à medida que alguém vai envelhecendo, vai perdendo água gradativamente. Isso indica a vital necessidade de hidratação dos seres vivos. No entanto, com os hábitos dispendiosos da comunidade mundial a durabilidade das fontes de água potável está sendo prejudicada.




Em contrapartida, a água também tem seu lado destruidor. Desastres ecológicos como tsunamis são causados por fatores como deslocamentos de placas tectônicas que geram terremotos e maremotos. Acontecimentos desse tipo são explorados pela mídia como grande catástrofes da força da natureza. A água antes vista como fundamental para a vida agora é apresentada como desastre natural. Ela aparece como um fator de vida ou morte. Sua ausência causa a morte, assim como sua presença excessiva também mata. A terceira imagem ilustra bem esse paradoxo com a expressão de desespero da garota que tenta se proteger da água segurando-se na copa de um coqueiro. Em dissonância com a primeira imagem, onde a água expressa segurança, nesta ela indica risco de morte. Comprovando que nem mesmo algo de tamanha importância para a vida pode ser apresentado em excesso.

Stephany Eloy Araújo, 31/08/2010


>>> Trabalho de Filosofia

sábado, agosto 28

Acabei de compor uma música de ninar pra minha filha. Depois de todo o choro, ela se acalmou.

Eu vou cantar uma canção para Sofia
Uma canção que vai fazer raiar o dia
Que vai falar de todo meu coração
Quem sabe assim com essa bela canção
Vou espantar toda essa dor
E vou falar pro meu amor
Que vai nascer uma linda flor
No coração de quem cantar
Essa canção


Stephany Eloy

sexta-feira, agosto 27

Premonição Feelings

Não foi comentado aqui, mas eu me inscrevi em um concurso do SESC na categoria fotografia. É a II Bienal de pequenos formatos do SESC/PB. Isso foi a duas semanas e eu estava muito ansiosa pra ver se fui selecionada ou não.
Hoje aconteceu uma coisa bastante interessante. É que ontem eu teria aula de Leitura e Análise crítica de Textos no DEMID, com o professor Marcos Nicolau, que por alguma razão não compareceu mas mandou o seu filho prodígio para substituí-lo. O rapaz é Vitor Nicolau e é, realmente, um exemplo para quem quer trabalhar na área da Comunicação e Publicidade por todas as razões que ele mesmo explanou ontem em sala. Entre elas, ter se formado em duas faculdades ao mesmo tempo, junto com um estágio e uma bolsa de estudos, aos 21 anos e já ter feito mestrado e ser professor de faculdade aos 23 anos. O fato é que ele falou uma coisa que me fez refletir e tomar uma atitude em algo q eu já havia pensado desde a criação desse blog. É escrever periodicamente como um exercício prático do que eu quero fazer futuramente. Outra coisa que ele falou foi sobre pesquisar no Google o próprio nome para ver quais resultados apareceriam. Hoje em dia com tantas redes sociais é quase impossível alguém que use a internet diariamente não ter ao menos uma citação na rede.
Então hoje eu acordei pensando esse ultima ideia e fui ver o que aparecia na pesquisa do meu nome. Foi quando, no último link, depois de todos os perfis de facebook a twitter eu vi "Artistas selecionados para o concurso Pequenos formatos do SESC/PB". Eu fui selecionada com dois trabalhos e vou aguardar pelo resultado no dia da abertura da exposição. Esse já foi um grande passo. Agora é só contar com a sorte e fazer figuinha.
O curioso é que hoje à noite eu sonhei que meu colega da universidade, Giuliano Golzio que é filho do meu antigo professor de fotografia, me falava que eu tinha ficado classificada no concurso em segundo lugar. Ele não tem muita relação com o concurso, mas sonho é assim mesmo, tudo misturado. Eu vi isso como um tipo de premonição, pois logo que acordei e olhei no Google fiquei sabendo da seleção. E essa notícia me deu um estímulo a mais para continuar produzindo e acreditando no meu trabalho. Agora vou torcer para ficar classificada. O resultado sai dia 26 de setembro.

terça-feira, agosto 3

Parte I

Eu posso dizer que esse é o exato momento em que eu decido escrever um livro. A idéia já vinha na mente a alguns anos, mas nunca foi posta em prática. A impressão de incapacidade e de superficialidade não me deixava levar essa vontade a diante. Mas chega uma hora em que o grito precisa sair da garganta depois de ser evitado por tantos suspiros. É nesse instante que não se pode mais calar a alma que a palavra sincera se desloca boca a fora depois de muitos consentimentos.

Sempre fui vítima das ocasiões, deixava a correnteza do rio me levar e poucas vezes tentei relutar contra ela. Havia algo que me impedia de agir, alguma força oculta que eu nunca descobri do que se tratava. O fato é que eu não compactuava com a mera necessidade instintiva de perpetuação da espécie que observava no comportamento da maioria das pessoas que eu conhecia. Em especial uma pessoa, o homem com quem eu estava me envolvendo. Mas felizmente, ao decorrer da minha vida eu aprendi a desconfiar da veracidade dos principais pilares que erguem e estruturam a sociedade em que o ser humano se habituou a fazer parte. Um desses pilares chama-se amor. Observei por experiência própria e por estudos que esse sentimento forjado, que proporciona bem-estar momentâneo às pessoas tornou-as escravas de suas próprias ações e expectativas. Essa é uma das engrenagens do sistema econômico, movido pelo superfaturamento e pelo lucro, chamado capitalismo. As pessoas não são vistas como indivíduos, mas como um aglomerado que quer ter seus anseios, tais como o amor, satisfeitos. É aí que ele entra como finalidade para uma vida feliz e a partir desse ponto são criados produtos que deverão envolver um determinado público visando suprir a carência desenvolvida pela ideia de amor.

O fato é que eu estava me relacionando com um rapaz, que logo no nosso primeiro encontro havia falado em casamento. Eu não concordei, mas fingi aceitar para não quebrar o clima. Mesmo assim sempre o alertava para a necessidade de planejamento que tal decisão requeria. Com o passar dos dias a disparidade de temperamento e concepções foi afastando-nos. O que antes fora uma paixão movida por atração física, agora já não significava mais nada pra mim. Foi então que eu coloquei um ponto final na situação e terminei o namoro. Por sabedoria, eu resisti aos desejos da libido e não entreguei o que eu sempre suspeitei que fosse o que ele mais almejava. Raridade nos tempos de hoje, nós ficamos juntos por 2 meses apenas com beijos e abraços.
Acontece que, para o azar dele, eu já havia despertado para o mundo a alguns anos quando tive a ilusão que mais se aproximou do tão idealizado amor. E foi justamente nessa primeira ocasião que eu passei a enxergar o quão falso era aquele protótipo de sentimento movido a interesses meramente físicos.