terça-feira, julho 13

Efêmero

Sentimento de brevidade, de fragilidade. Passo o dia com a sensação de que o tempo é curto. Olho o relógio. Os segundos seguem tenentes. Se não entendes o que eu digo, por que eu vou te dizer? A simplicidade da ignorância e do comodismo tirou o teu brilho que antes era só fachada. Mas quem sou eu para dizer isso se por trás dessa casca palpitam mil inquietações? Passei a ser esquizofrênica por desmerecimento. Foi falta de reconhecimento, indiferença e menosprezo. Afinal, só ganha a vida quem serve o público. Quem quebra a cara e mata um leão por dia em busca do seu lugar ao Sol não é gente descente. Assim falou o blá-blá-blá progenitor, que se eu não escutasse diariamente não estaria aqui com esta caneta e papel a punhos. Acontece que surtiu efeito contrário, me motivou as avessas. Logo eu que sempre gostei de não me fazer esclarecedora, jogando deveras nas entrelinhas subconscientes. Sobretudo em uma noite sem sono. Sei que essa escrita não é minha e nem de pessoa alguma. Mas vale registrar a perturbação ansiosa do marasmo contínuo. Talvez saudades, talvez falta de afeto, ou até mesmo carência. Agora sinto inveja dos olhares libidinosos daquela gente sem estudo. Eles não se perdem no horizonte e não questionam sua própria existência. Não são fadados a saberem que tudo é tão frágil como as asas de uma borboleta.

Stephany E. Araújo 13/07/2010 (1:00 AM)

Um comentário:

Thaïs Kisuki disse...

Já pensei muito sobre isso também... Belo texto ;)