quarta-feira, fevereiro 24

Um tranquilizante natural

Ontem eu dormi olhando um céu estrelado de fevereiro que guardei na minha memória. Quando passei pela rua, à noite, tive uma visão maravilhosa que não pude esquecer e a levei para meus sonhos. A lua produzia um brilho amarelo ao seu redor que clareava as nuvens e a constelação de Orion estava perfeitamente visível. Procurei por um touro feito de estrelas, mas tudo que pude ver foram dois peixes. Já era a época deles e estavam ali marcando presença. Essa atmosfera me inspirou um sono profundo de criança. Ao amanhecer, acordei cantando com Sofia ao meu lado. Não lembro a melodia que inventei na hora, mas foi algo espontâneo.
Sempre gostei de tirar um pouco os pés do chão, de sair da minha natureza terrena de taurina. Afinal, tenho preferência por meu ascendente pisciano. Com um pé na terra e outro no mar, por vezes me confundo em meio a minha dualidade astral. A leveza dos peixinhos sempre me encantou e eles sempre nadaram ao meu redor. Um dia quero incorporar esse tipo de personalidade pra mim.
O oceano onde nadam esses peixes espertos me atrai e, de uma forma inexplicável, lá eu me sinto em casa. Gosto de flutuar nas águas mansas do mar, deixar a correnteza me levar e sentir o peso energético do meu corpo escapar. Ao sair da água salgada, me sinto nova e mais limpa. Desde criança fui criada nesse ambiente e a praia é o lugar onde eu me encontro ou me escondo quando preciso. Não há nada mais tranqüilizante do que dormir numa rede ouvindo o som das ondas. Um dia eu tive isso e aproveitei com plenitude, mas hoje já não tenho. E como sinto falta! Sempre soube que nasci para estar ali no mar, na areia da praia, sob a lua cheia. Não existe lugar mais perfeito para aliviar minha alma.

Um comentário:

Thaïs Kisuki disse...

Semana passada fugi pra o fim do Cabo Branco e fiquei deitada numa sombra lendo um livro. Depois tirei um cochilo, tomei um banho de mar. Esse tipo de coisa renova as energias da gente por um bom tempo ;)