sábado, outubro 27

Quando me amei de verdade


"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.E então, pude relaxar.Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.Hoje sei que isso é...Autenticidade.Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.Hoje chamo isso de... Amadurecimento.Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.Hoje sei que o nome disso é... Respeito.Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama... Amor-próprio.Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é... Simplicidade.Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.Tudo isso é... Saber viver!"


Charles Chaplin

quarta-feira, outubro 3

A flor e a melodia

Havia uma garota que toda manhã ia ao seu jardim contemplar as cores e sentir o perfume das flores. Sempre que ela sentava no banco e olhava para os passarinhos fazendo ninho nas árvores ela ouvia uma doce melodia. Apesar de nunca ter sabido de onde vinha aquele som, a menina acompanhava cada nota. E isso a fazia mais feliz. A melodia era de uma flauta que tocava a música dos apaixonados.

Por trás do muro da moça havia um rapaz solitário. A cada amanhecer ele subia para a sala do andar de cima de sua casa e tocava sua canção preferida. Todas as manhãs o moço admirava aquela bela flor pela janela. E isso deixava seu dia mais alegre.

Até que um dia, a moça não voltou a aparecer. Ela havia se mudado e deixado o jardim sem sua presença. O rapaz logo notou a sua ausência e não voltou a executar sua melodia. Aquela manhã foi sem vida para ele que não podia mais ver a sua rosa. Mas nunca iria apagar de sua mente aquele rosto tão bem desenhado.

A garota passou a andar desanimada pelos cantos da sua casa nova. Ela sentia uma grande falta no seu coração. Algo que ela não podia ver, mas podia ouvir. Mas nunca esqueceu uma nota sequer daquela doce música.

E foi assim que dois jovens se apaixonaram em segredo.